Racismo e superexploração: apontamentos sobre a história do trabalho e da classe trabalhadora no Brasil

Cristiane Luiza Sabino de Souza – Professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Membro do grupo de pesquisa do Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA/UFSC).

O tema central deste ensaio é a relação entre racismo e superexploração da força de trabalho. A partir da perspectiva materialista-histórico-dialética, problematizo a história do trabalho e da classe trabalhadora no Brasil. Desenvolvo, ainda, mediações necessárias para a apreensão da complexidade do racismo nas relações sociais no capitalismo dependente latino-americano. Discuto a relação desse objeto com a produção de riquezas, a acumulação do capital e a luta de classes. Não obstante, reflito acerca do memoricídio, instituído pela ideologia da branquitude e a compreensão fragmentada da história do trabalho e da classe trabalhadora no país, que precisa ser recuperada na sua complexidade histórica.

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Subdesenvolvimento e saúde, um olhar a partir da Teoria Marxista da Dependência

Paulo Henrique de Almeida Rodrigues1

Thauanne de Souza Gonçalves2

Nercilene Santos da Silva Monteiro3

Amanda de Lucas Xavier Martins4

1 Doutor em Saúde Coletiva, professor associado do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ), líder do grupo de pesquisa Saúde, Sociedade, Estado e Mercado (Grupo SEM).

2 Doutoranda do Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ), integrante do Grupo SEM.

3 Doutora em Saúde Coletiva pelo IMS/UERJ, Vice diretora de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Casa de Oswaldo Cruz (Fiocruz), integrante do Grupo SEM.

4 Professora adjunta do Departamento de Enfermagem em Saúde Pública da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, integrante do Grupo SEM.

A inserção da América Latina no sistema capitalista industrial internacional, contudo, não trouxe para os países periféricos os resultados obtidos pelos países centrais, ficando claro que os padrões de produção e de consumo não eram facilmente reproduzíveis. […] É a partir dessa observação que surgiu o interesse em escrever este artigo, como parte dos esforços que procuram resgatar a TMD no âmbito da academia contemporânea, adotando esse referencial para debater a situação de dependência do Brasil no campo da saúde coletiva.

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A esquerda e o golpe de 1964

Dênis de Moraes para A Terra é Redonda

Apresentação da nova edição do livro, recém-lançada

1.

Esta quinta edição, revista e ampliada, de A esquerda e o golpe de 1964, vem a público sessenta anos depois do golpe de Estado de 1º. de abril de 1964. Ela preserva, no essencial, os focos temáticos, os eixos de análise e o estilo narrativo do livro publicado originalmente em 1989, que mereceu generosa acolhida da crítica. Ao mesmo tempo, modifiquei capítulos e incluí outros; reelaborei várias passagens; e, principalmente, introduzi materiais inéditos e novos conteúdos, além de ter consultado fontes surgidas em décadas recentes.

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O Socialismo Africano Revisitado

O Socialismo Africano revisitadoPor Kwame Nkrumah, via Marxists.org, traduzido por Gabriel Landi Fazzio

Nascido em 21 de setembro de 1909, Kwane Nkrumah foi o grande líder da independência de Ghana e um dos mais influentes pensadores do chamado ‘socialismo africano’. Influenciado pelas ideias de Marcus Garvey, do marxista C.L.R. James, do exilado russo Raya Dunayevskaya e do sino-americano Grace Lee Boggs, Nkrumah desenvolveu sua obra em constante relação com os desenvolvimentos da luta independentista na África.

O texto abaixo foi originalmente lido no Seminário Africano que ocorreu no Cairo, sob o convite de dois órgãos, o “At-Talia” e o “Problemas da Paz e Socialismo”.

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Se a cidade fosse dos trabalhadores e das trabalhadoras por Marcelo Braz

altNesse ensaio Marcelo Braz, professor doutor da Escola de Serviço Social da UFRJ, didaticamente demonstra como a construção do espaço urbano nas grandes cidades também é essencialmente marcada pela luta de classes. Tendo o Rio de Janeiro como grande laboratório de remodelamento de uma cidade voltada para o grande capital, Braz expõe as contradições desse modelo segregador sem menosprezar as diversas resistências políticas e culturais da classe trabalhadora. Justamente às vésperas de eleições municipais vale a leitura para pensarmos uma alternativa popular e anticapitalista nas diversas lutas urbanas.

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Redução da Maioridade Penal: Punir os pobres e acumular capital

Redução da Maioridade Penal: Punir os pobres e acumular capital.

por Thiago Sardinha Santos, professor de geografia, educador popular e militante da célula de professores do PCB – Partido Comunista Brasileiro – no RJ.

“A criminalização dos pobres intitulados como “inimigos” , quase sempre, são negros e moradores da favela, eles formam as “classes perigosas”. Diante disso, “nessa guerra”, a identificação do inimigo obedece a critérios  geográficos, sociais, raciais, que impõem as camadas miseráveis da população a triste generalização de pobreza, raça e crime.”

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Karl Marx tinha razão

Chris Hedges

 

A fase final do capitalismo, escreveu Marx, seria marcada por desenvolvimentos que, para a maior parte de nós, são hoje familiares. Incapaz de se expandir e gerar lucros ao nível do passado, o sistema capitalista começaria a consumir as estruturas que o têm sustentado.

 

Chris Hedges juntou-se aos professores Richard Wolff e Gail Dines no  Left Forum na cidade de Nova Iorque para discutirem porquê Karl Marx é fundamental numa época em que o capitalismo global está em colapso. Junta-se o comentário feito por Hedges na abertura da discussão.

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Syriza e Podemos: a social democracia ontem e hoje

por Patrício Freitas e Jones Manoel (militantes da UJC e PCB).

“Nos anos oitocentos um espectro rondava a Europa. As condições precárias da classe

trabalhadora confirmavam a tese de que as revoluções burguesas não poderiam ser

suficientes para acabar com a miséria e opressão sobre toda população. Com a

revolução industrial, mesmo com o grande avanço das forças produtivas, os homens e

mulheres que produziam as riquezas continuavam privados delas. Essa forma ainda

embrionária, fantasmagórica, que aterrorizava os senhores burgueses ganhou força e os

trabalhadores se organizaram por todo o mundo, revoltas e revoluções marcaram a

história do movimento operário, e o espectro se materializava pouco a pouco..”

Clique para ler o texto na íntegra:

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Os perigos de uma tática: a auditoria da dívida pública por Sofia Manzano

“Muitas organizações de esquerda apresentam a auditoria da dívida pública como uma das principais lutas dos trabalhadores contra a burguesia. Essas organizações entendem que os pagamentos dos juros e as amortizações efetuadas pelo Estado são uma das formas mais perversas de a burguesia se apropriar do fundo público, principalmente em momentos de crise do processo de acumulação do capital, e, com isso, impõe ao Estado o fim, ou a redução, das políticas públicas voltadas à assistência da população.”

Sofia Manzano é economista e professora do Departamento de Ciências Sociais Aplicada da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), autora do livro Economia Política para Trabalhadores (São Paulo: ICP, 2013) e Membro do Comitê Central do PCB.

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O Trotsky de Padura, Danton e a Revolução por Miguel Urbano Rodrigues

O Trotsky de Padura, Danton e a Revolução

por Miguel Urbano Rodrigues

O mais recente livro do escritor cubano Leonardo Padura tem sido largamente promovido, com numerosas edições em castelhano, português e outras línguas. O jornal Público consagrou três páginas ao livro e ao autor. O livro tem valor literário. Mas o que obviamente justifica este entusiasmo é que o autor abomina – é a palavra – o socialismo e o comunismo. Embora não o afirme explicitamente nos seus livros, põe os seus personagens a falar por si.

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