Entrevista com Caio Andrade

Tema: livro “A ofensiva burguesa na educação“.

A editora Lutas Anticapital traz a público, em 2022, o livro A ofensiva burguesa na educação: do enfrentamento à implementação do projeto empresarial pelo PT, de autoria do professor e militante comunista Caio Andrade. Como trabalhador da educação pública há mais de uma década, ex-dirigente sindical e mestre em Serviço Social pela UFRJ, o autor aliou a experiência no chão da escola e nas lutas da sua categoria com a reflexão teórica marxista. O resultado apresentado aos leitores é uma análise a respeito do avanço do capital sobre a política educacional brasileira, processo no qual a metamorfose petista foi essencial. Confira a entrevista realizada pelo educador popular Silvio Santana.

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Participantes do Projeto “PADRIM” da FDR

Participantes do projeto “PADRIM”, adimplentes, com contribuição mensal igual, ou superior, a R$ 25,00 reais, além de contribuírem com a manutenção do trabalho da Fundação Dinarco Reis, tem direito a isenção de taxas de cursos e, ou mensalidades, promovidos pela nossa entidade!

Se você tem desejo de participar gratuitamente do nosso mais novo curso: “Crítica da Geopolítica Contemporânea: elementos para uma perspectiva anti-imperialista”, e se enquadra nas condições descritas acima, basta preencher o formulário abaixo para ser contemplado com a isenção da taxa única de inscrição no curso.

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Crítica da Geopolítica Contemporânea: elementos para uma perspectiva anti-imperialista

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Entender os conflitos internacionais nunca foi um desafio simples. Portanto, não é por acaso que os problemas geopolíticos suscitem grandes polêmicas no seio do movimento operário. O colonialismo, a questão nacional, a soberania, o imperialismo e as guerras, entre outros, estão entre os temas que dividiram o proletariado mundial em lados opostos e pautaram diversos processos revolucionários ao longo do século XX. Porém, se, no século XXI, a maior parte desses assuntos caíram no ostracismo teórico, isso se deve mais à difusão ampliada da ideologia liberal do que a mudanças reais que diminuíssem sua relevância para aqueles e aquelas que se propõem a construir alternativas à ordem do capital.

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A questão agrária e a hegemonia do capital no campo

Por Gabriel Colombo [1]

Publicado anteriormente em https://pcb.org.br/portal2/28353/a-questao-agraria-e-a-hegemonia-do-capital-no-campo/

O elemento central da questão agrária contemporânea é a hegemonia do capital no campo. É o desenvolvimento do capitalismo na produção agropecuária, florestal e mineral que impõe a dinâmica dos conflitos por terra, ambientais e nas relações sociais de trabalho. A compreensão deste problema exige o estudo da modernização da grande propriedade de terra, da diferenciação do campesinato, da renda da terra e das expropriações.

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KKE: a luta de classes no Cazaquistão

A luta de classes não pode ser aviltada. Ela foi e continuará sendo o motor do desenvolvimento social.

Artigo de Georgios Marinos, membro do Politburo do Partido Comunista da Grécia (KKE), sobre a situação no Cazaquistão

Tradução de Matheus Gusev

Militante da UJC

As grandes greves e manifestações massivas dos trabalhadores que abalaram o Cazaquistão no início do ano mostraram que, mesmo diante de uma contrarrevolução, de uma perseguição brutal, de leis draconianas sobre direitos políticos e sindicais, da proibição de 600 sindicatos, assim como os partidos e organizações comunistas, as contradições sociais permeiam todas as esferas da vida e podem escalar quando as condições certas são criadas, assumem formas agudas e se transformam em um conflito social entre a classe trabalhadora e a burguesia, confirmando que mudanças tão esperadas podem rapidamente ocorrer em pouco tempo. A luta de classes, sendo a força motora do desenvolvimento social, tem uma base objetiva e reflete o choque de interesses irreconciliáveis entre exploradores e explorados. Foi isso o que vimos no Cazaquistão, localizado em uma região de grande importância estratégica e desempenha um papel importante na economia global. Tem acesso ao Mar Cáspio, possui enormes reservas de hidrocarbonetos, incluindo reservas significativas de petróleo e gás, bem como urânio e ouro, etc., além de ser responsável por 70% do PIB dos países da Ásia Central.

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100 Anos de Leonel Brizola: uma boa lembrança sem nostalgia

Por Ricardo Gancine

Em um dos atos de 2021 pelo fora Bolsonaro eu estava na Vila Oliveira (bairro da periferia de Santa Maria onde nasci e cresci) em tarefa de mobilização e, quando fui conversar com uma senhora sobre os retrocessos que o país vive e a importância de ir na marcha, ela retrucou algo como: eu sei meu filho, Bolsonaro é um canalha que odeia pobre, mas depois que Brizola morreu eu não tenho mais esperanças, esse país está perdido. Já voltaremos nisso, mas Leonel de Moura Brizola chegou em seu centenário e algumas palavras são necessárias.

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A Revolução de 1905 na Rússia: prelúdio da revolução de 1917

Humberto Carvalho – militante do PCB – RS

As revoltas, movimentos políticos, convulsões sociais, revoluções que ocorreram na Rússia, entre o século XIX e inícios do século XX, foram filhas, por assim dizer, de guerras e do conturbado contexto interno do país.

Nessa linha, encontra-se a Revolta dos Dezembristas.

Alexandre I, czar da Rússia, em 1812, rompeu o Bloqueio Continental à Inglaterra, decretado, em 1806, por Napoleão Bonaparte. Napoleão revidou essa desobediência, invadindo a Rússia e, como notório, a invasão termina com a retirada inglória do exército francês, acossado pelo rigor do inverno e fustigado, ao longo da fuga, pelas tropas russas, causando grandes perdas ao exército napoleônico.

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Do Manifesto de Agosto de 50 à Declaração de Março de 58: dois passos à frente e dois atrás

Por Carlos Arthur Newlands “Boné”

(com contribuições dos camaradas Golbery Lessa, Ivan Pinheiro e reprodução de parte de artigo escrito pelos camaradas Muniz Ferreira, Milton Pinheiro e Ricardo Costa)

Foto: V Congresso do PCB – 1960

Introdução

              No ano do centenário de fundação do PCB – Partido Comunista Brasileiro, o tema da Declaração de março de 58 assume especial relevância no debate das comemorações desta efeméride: basta lembrar que a declaração de Março foi o estopim do processo que culminou, no V Congresso do PCB, na explicitação de divergências profundas que geraram o “Manifesto do 100”, embrião da criação em 1962 do PC do B (que cria esta sigla nova, recuperando o nome original de 1922 de Partido Comunista do Brasil).

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Marighella e seu outro – Carlos

Extraído de A Terra é Redonda | Por DÊNIS DE MORAES*

Considerações sobre a trajetória política e intelectual do “engenheiro que escrevia versos”

Em memória de Paulo Mercadante.

Quando elaborava a biografia do escritor Graciliano Ramos, no limiar dos anos 1990, conheci um Carlos Marighella que extrapolava as imagens míticas do comandante guerrilheiro da segunda metade da década de 1960. Tive o privilégio de ouvir os relatos e ler as páginas do diário do advogado e ensaísta Paulo de Freitas Mercadante (1923-2013), um dos amigos da irrestrita confiança de Graciliano, sobre o seu convívio fraterno com Carlos, a partir da redemocratização de 1945. Os três eram militantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB), sendo Marighella o veterano (ingressou em 1934) e Graciliano o novato (filiou-se em 18 de agosto de 1945). Paulo lembrou-se de Graciliano emocionado ao receber a soma em dinheiro que amigos comunistas conseguiram reunir para ajudá-lo em momento de agruras financeiras. O único dirigente que participou da coleta de doações foi Carlos Marighella.

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