Publicamos na página da Fundação Dinarco Reis as resoluções dos congressos do PCB realizados após o processo de enfrentamento à tentativa golpista de liquidar o nosso Partido, em 1992. Segue abaixo um breve relato da segunda parte desta trajetória, que congrega o período da Reconstrução Revolucionária do PCB.
Leia maisPartido Comunista Brasileiro
Ciência, tecnologia e sociedade: contribuições da experiência maoísta na China

Gilio Natan Dal Pont Sirtoli e Mário Lopes Amorim
O presente artigo tem como objetivo, por meio de uma revisão bibliográfica, retomar aspectos centrais do pensamento hegemônico na China Maoísta (1949-1978) sobre a relação entre ciência, tecnologia e sociedade, além de discutir as práticas que emergiram dessas reflexões. Busca-se evidenciar as contribuições dessa experiência histórica para os debates contemporâneos no campo CTS (ciência, tecnologia e sociedade), o qual, com frequência, negligencia perspectivas oriundas de realidades não ocidentais ou de países socialistas, limitando assim a diversidade das abordagens críticas.
Leia maisA economia política do Brasil e seu mestre soberano

LEDA PAULANI
O historiador marxista Caio Prado Júnior faleceu neste dia em 1990. Sua obra nos ajuda a entender a articulação entre dependência externa e exploração interna e desvendar como a atual estrutura de classes brasileira herdou o passado colonial após a independência e a abolição – resultando de um lado uma minoria proprietária e de outro uma grande massa trabalhadora.
Leia maisUm jornalista combatente: Clóvis Moura, Flama e a política cultural do PCB (1951-1952)

Teresa MALATIAN. Professora Titular do Programa de Pós-graduação em História, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Estadual Paulista – UNESP, campus de Franca.
Clóvis Moura (1925-2003) tem sido estudado por suas obras mais conhecidas de História e Sociologia, algumas delas hoje com o estatuto de clássico, como Rebeliões da Senzala. No entanto, uma importante dimensão de sua atividade intelectual, a de jornalista, permanece obscura, apesar de relevante. Neste artigo, pretende-se abordar a revista Flama, por ele criada e dirigida na cidade de Araraquara (SP), no âmbito da política de Frente Cultural desenvolvida pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB). De duração efêmera (1951-1952), a publicação merece destaque tanto por seu conteúdo alinhado com o partido como pela relevante rede de sociabilidades intelectuais e políticas construídas pelo seu criador e diretor. Um terceiro aspecto refere-se à repressão policial que motivou, acessada por meio dos prontuários do DEOPS-São Paulo.
Leia maisRaça, classe e revolução no Partido Comunista Brasileiro (1922-1964)

Pedro C. Chadarevian – Professor nos Cursos de Graduação e Mestrado em Economia da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba.
O PCB, ativo participante no debate econômico brasileiro entre sua fundação em 1922 e 1964, tem uma contribuição pouco conhecida para a análise do problema racial. A partir de um levantamento junto a documentos, revistas e manifestações de economistas e intelectuais do partido, foi possível distinguir duas fases radicalmente opostas na abordagem comunista da questão. Em um primeiro momento, até meados dos anos 1930, o PCB nega a existência de um problema de desigualdade racial no país, posição que lhe custaria duras críticas por parte de Moscou. Em seguida, o partido esteve por vezes na vanguarda da crítica do racismo, apesar dos limites de seu quadro analítico para a leitura dos problemas econômicos do país de uma maneira geral.
Leia maisFeminismo, PCB e o debate sobre trabalho doméstico entre as décadas de 1940 e 1960: relações intragênero e as dimensões de raça/classe

Iracélli da Cruz Alves –
Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestra em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Graduada em Licenciatura Plena em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). E-mail: iracelli_alves@yahoo.com.br.
O artigo tem por objetivo analisar o debate sobre trabalho doméstico e direitos para trabalhadoras domésticas promovido por mulheres ligadas ao PCB entre as décadas de 1940 e 1960. Orientado por demandas colocadas pelas próprias trabalhadoras e por discussões que vinham sendo travadas internacionalmente, o movimento mobilizou problematizações que foram além do mundo do trabalho e do plano jurídico na medida em que desnaturalizou ideias enraizadas de que o trabalho doméstico e a gestão do cotidiano familiar eram “coisas de mulher”. Nesse sentido, pensou alternativas para “libertar” as mulheres do que chamou de “escravidão doméstica”.
Leia maisJayme Miranda, um revolucionário brasileiro
Por Geraldo de Majella – historiador, escreveu Caderno da Militância – história vivida nos bastidores da política (Edufal, 2006), Execuções Sumárias e Grupos de Extermínios em Alagoas (1975-1998, Edufal, 2006), Rubens Colaço: Paixão e vida – A trajetória de um líder sindical (Edições Bagaço, 2010), O PCB em Alagoas: Documentos 1982-1990 (Cepal, 2011) e Mozart Damasceno, o bom burguês (Edições Bagaço, 2011).
Artigo sobre a vida de Jayme Miranda (1926-1975), militante comunista alagoano, preso, torturado e morto pela Ditadura Empresarial-Militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985.
“Os vínculos políticos e ideológicos com o PCB tiveram laços familiares evidentes, pois dois dos seus tios paternos, Ezequiel e Isaias Simplício de Miranda, e uma tia, Tabita Miranda, haviam se ligado ao partido na década de 1930. Ezequiel Miranda se filia à Aliança Nacional Libertadora (ANL), entidade legal e de massas.
Após a proibição de funcionamento da ANL, mantém a militância comunista e participa do processo de organização da Insurreição Comunista, movimento que ficou conhecido como Intentona Comunista de 1935. É preso em Maceió, processado pelo Tribunal de Segurança Nacional (TSN) e condenado a cinco anos de prisão, pena cumprida no presídio da Ilha de Fernando de Noronha.”
O Irracionalismo como ideologia do Capital e o caso brasileiro

Por Lucas Andreto – historiador e militante do PCB em São Paulo
Fala-se muito na anti-ciência e no “negacionismo”. As palavras entraram para o vocabulário comum na mídia burguesa, nas redes sociais, nas conversas do cotidiano. O conceito, no entanto, descreve um fenômeno, mas não o explica. A crítica comum de hoje vê no negacionismo e na anti-ciência uma característica de indivíduos e grupos extremistas, que simplesmente não aceitam a realidade. Tomado dessa forma, o negacionista científico aparece como um vilão, sua personalidade está determinada por intenções malignas, pelo fanatismo religioso, posição política extremista ou ainda pela insanidade. Assim, o fenômeno pouco é atribuído as contradições de nossa sociedade, mas sim a desvios de comportamento e de moral, ou então a transtornos de ordem psicológica.
Leia maisSeminário Pensamento de Lenin (abertas as inscrições para bolsas)
25 anos sem Horácio Macedo

Heitor César – membro do Comitê Central do PCB e diretor da Fundação Dinarco Reis
Em 24 de fevereiro de 2024 completam-se 25 anos da morte de Horácio Macedo, professor, pesquisador, cientista, militante político e ex reitor da maior universidade pública do país.
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