Raça, classe e revolução no Partido Comunista Brasileiro (1922-1964)

Pedro C. Chadarevian – Professor nos Cursos de Graduação e Mestrado em Economia da Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba. 

O PCB, ativo participante no debate econômico brasileiro entre sua fundação em 1922 e 1964, tem uma contribuição pouco conhecida para a análise do problema racial. A partir de um levantamento junto a documentos, revistas e manifestações de economistas e intelectuais do partido, foi possível distinguir duas fases radicalmente opostas na abordagem comunista da questão. Em um primeiro momento, até meados dos anos 1930, o PCB nega a existência de um problema de desigualdade racial no país, posição que lhe custaria duras críticas por parte de Moscou. Em seguida, o partido esteve por vezes na vanguarda da crítica do racismo, apesar dos limites de seu quadro analítico para a leitura dos problemas econômicos do país de uma maneira geral.

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Feminismo, PCB e o debate sobre trabalho doméstico entre as décadas de 1940 e 1960: relações intragênero e as dimensões de raça/classe

Iracélli da Cruz Alves –

Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Mestra em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Graduada em Licenciatura Plena em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). E-mail: iracelli_alves@yahoo.com.br.

O artigo tem por objetivo analisar o debate sobre trabalho doméstico e direitos para trabalhadoras domésticas promovido por mulheres ligadas ao PCB entre as décadas de 1940 e 1960. Orientado por demandas colocadas pelas próprias trabalhadoras e por discussões que vinham sendo travadas internacionalmente, o movimento mobilizou problematizações que foram além do mundo do trabalho e do plano jurídico na medida em que desnaturalizou ideias enraizadas de que o trabalho doméstico e a gestão do cotidiano familiar eram “coisas de mulher”. Nesse sentido, pensou alternativas para “libertar” as mulheres do que chamou de “escravidão doméstica”.

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Jayme Miranda, um revolucionário brasileiro

Por Geraldo de Majella – historiador, escreveu Caderno da Militância – história vivida nos bastidores da política (Edufal, 2006), Execuções Sumárias e Grupos de Extermínios em Alagoas (1975-1998, Edufal, 2006), Rubens Colaço: Paixão e vida – A trajetória de um líder sindical (Edições Bagaço, 2010), O PCB em Alagoas: Documentos 1982-1990 (Cepal, 2011) e Mozart Damasceno, o bom burguês (Edições Bagaço, 2011).

Artigo sobre a vida de Jayme Miranda (1926-1975), militante comunista alagoano, preso, torturado e morto pela Ditadura Empresarial-Militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985.

“Os vínculos políticos e ideológicos com o PCB tiveram laços familiares evidentes, pois dois dos seus tios paternos, Ezequiel e Isaias Simplício de Miranda, e uma tia, Tabita Miranda, haviam se ligado ao partido na década de 1930. Ezequiel Miranda se filia à Aliança Nacional Libertadora (ANL), entidade legal e de massas.
Após a proibição de funcionamento da ANL, mantém a militância comunista e participa do processo de organização da Insurreição Comunista, movimento que ficou conhecido como Intentona Comunista de 1935. É preso em Maceió, processado pelo Tribunal de Segurança Nacional (TSN) e condenado a cinco anos de prisão, pena cumprida no presídio da Ilha de Fernando de Noronha.”

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O Irracionalismo como ideologia do Capital e o caso brasileiro

Por Lucas Andreto – historiador e militante do PCB em São Paulo

Fala-se muito na anti-ciência e no “negacionismo”. As palavras entraram para o vocabulário comum na mídia burguesa, nas redes sociais, nas conversas do cotidiano. O conceito, no entanto, descreve um fenômeno, mas não o explica. A crítica comum de hoje vê no negacionismo e na anti-ciência uma característica de indivíduos e grupos extremistas, que simplesmente não aceitam a realidade. Tomado dessa forma, o negacionista científico aparece como um vilão, sua personalidade está determinada por intenções malignas, pelo fanatismo religioso, posição política extremista ou ainda pela insanidade. Assim, o fenômeno pouco é atribuído as contradições de nossa sociedade, mas sim a desvios de comportamento e de moral, ou então a transtornos de ordem psicológica.

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25 anos sem Horácio Macedo

Heitor César – membro do Comitê Central do PCB e diretor da Fundação Dinarco Reis

Em 24 de fevereiro de 2024 completam-se 25 anos da morte de Horácio Macedo, professor, pesquisador, cientista, militante político e ex reitor da maior universidade pública do país.

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A fundação do Partido Comunista do Brasil

Hermínio Linhares – Jornal Novos Rumos 13 a 19 de março de 1959, página 08. (vol. 003)

Transcrito por Guilherme Martins – Membro do Comitê Central do PCB e militante em GO

Em diversos países, o Partido Comunista se originou de cisões nos antigos partidos socialistas da II Internacional. No Brasil, nenhum dos partidos socialistas que existiram em 1892, 1895. 1902, 1911 e 1919 tiveram forças ponderáveis, nem contaram com líderes de grande influência, capazes de se impor às massas; não eram partidos ligados ao movimento operário e jamais foram dirigentes de movimentos de amplitude.

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Inscrições Abertas

Curso Básico: “SUS, Capitalismo e Saúde”

🚩 Estão abertas as inscrições para o Curso básico de formação política da Fundação Dinarco Reis “SUS, Capitalismo e Saúde”.

📍Taxa de inscrição: R$30,00

📝 Período de inscrição: 29/06 a 12/08

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Financie novos produtos da FDR adquirindo nossos Kits Rebeldes!”

Financie novos produtos da FDR adquirindo nossos Kits Rebeldes!”

A Fundação Dinarco Reis, entidade de estudos políticos, econômicos e sociais organicamente ligada ao PCB – Partido Comunista Brasileiro, tem o prazer de convidar você a contribuir na produção de três kits inéditos de produtos destinados a camaradas, companheiras e companheiros, amigas e amigos, que assim como nós desejam expressar revolta em relação à conjuntura política econômica e social do país.

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Colabore com a Fundação Dinarco Reis

A Fundação Dinarco Reis – FDR, entidade organicamente ligada ao Partido Comunista Brasileiro- PCB, abre chamada para militantes do partido, que possuam interesse e disponibilidade para contribuir com a criação de produtos e serviços da fundação, nos auxiliando na consolidação da necessária autonomia financeira de nossa entidade, requisito fundamental para a continuidade de nosso trabalho enquanto instrumento de formação, pesquisa e estudo da realidade brasileira, e de apoio a estratégia socialista PCB e da construção do Poder Popular.

As vagas que serão abertas têm como objetivo encontrar camaradas que possuam condições de exercer um trabalho militante, voluntário, na forma de uma assessoria/consultoria, que nos auxilie na criação e aperfeiçoamento de produtos e serviços a serem oferecidos em nossas plataformas de comércio virtual, em jornadas semanais que não ultrapassem 8 horas, de acordo com a disponibilidade de agenda de quem venha a ser selecionado, para atuação conjunta com camaradas que já integram o GT de produtos da FDR.

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