
A luta de classes não pode ser aviltada. Ela foi e continuará sendo o motor do desenvolvimento social.
Artigo de Georgios Marinos, membro do Politburo do Partido Comunista da Grécia (KKE), sobre a situação no Cazaquistão
Tradução de Matheus Gusev
Militante da UJC
As grandes greves e manifestações massivas dos trabalhadores que abalaram o Cazaquistão no início do ano mostraram que, mesmo diante de uma contrarrevolução, de uma perseguição brutal, de leis draconianas sobre direitos políticos e sindicais, da proibição de 600 sindicatos, assim como os partidos e organizações comunistas, as contradições sociais permeiam todas as esferas da vida e podem escalar quando as condições certas são criadas, assumem formas agudas e se transformam em um conflito social entre a classe trabalhadora e a burguesia, confirmando que mudanças tão esperadas podem rapidamente ocorrer em pouco tempo. A luta de classes, sendo a força motora do desenvolvimento social, tem uma base objetiva e reflete o choque de interesses irreconciliáveis entre exploradores e explorados. Foi isso o que vimos no Cazaquistão, localizado em uma região de grande importância estratégica e desempenha um papel importante na economia global. Tem acesso ao Mar Cáspio, possui enormes reservas de hidrocarbonetos, incluindo reservas significativas de petróleo e gás, bem como urânio e ouro, etc., além de ser responsável por 70% do PIB dos países da Ásia Central.
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