Redução da Maioridade Penal: Punir os pobres e acumular capital

Redução da Maioridade Penal: Punir os pobres e acumular capital.

por Thiago Sardinha Santos, professor de geografia, educador popular e militante da célula de professores do PCB – Partido Comunista Brasileiro – no RJ.

“A criminalização dos pobres intitulados como “inimigos” , quase sempre, são negros e moradores da favela, eles formam as “classes perigosas”. Diante disso, “nessa guerra”, a identificação do inimigo obedece a critérios  geográficos, sociais, raciais, que impõem as camadas miseráveis da população a triste generalização de pobreza, raça e crime.”

Leia mais

Karl Marx tinha razão

Chris Hedges

 

A fase final do capitalismo, escreveu Marx, seria marcada por desenvolvimentos que, para a maior parte de nós, são hoje familiares. Incapaz de se expandir e gerar lucros ao nível do passado, o sistema capitalista começaria a consumir as estruturas que o têm sustentado.

 

Chris Hedges juntou-se aos professores Richard Wolff e Gail Dines no  Left Forum na cidade de Nova Iorque para discutirem porquê Karl Marx é fundamental numa época em que o capitalismo global está em colapso. Junta-se o comentário feito por Hedges na abertura da discussão.

Leia mais

Syriza e Podemos: a social democracia ontem e hoje

por Patrício Freitas e Jones Manoel (militantes da UJC e PCB).

“Nos anos oitocentos um espectro rondava a Europa. As condições precárias da classe

trabalhadora confirmavam a tese de que as revoluções burguesas não poderiam ser

suficientes para acabar com a miséria e opressão sobre toda população. Com a

revolução industrial, mesmo com o grande avanço das forças produtivas, os homens e

mulheres que produziam as riquezas continuavam privados delas. Essa forma ainda

embrionária, fantasmagórica, que aterrorizava os senhores burgueses ganhou força e os

trabalhadores se organizaram por todo o mundo, revoltas e revoluções marcaram a

história do movimento operário, e o espectro se materializava pouco a pouco..”

Clique para ler o texto na íntegra:

Leia mais

Os perigos de uma tática: a auditoria da dívida pública por Sofia Manzano

“Muitas organizações de esquerda apresentam a auditoria da dívida pública como uma das principais lutas dos trabalhadores contra a burguesia. Essas organizações entendem que os pagamentos dos juros e as amortizações efetuadas pelo Estado são uma das formas mais perversas de a burguesia se apropriar do fundo público, principalmente em momentos de crise do processo de acumulação do capital, e, com isso, impõe ao Estado o fim, ou a redução, das políticas públicas voltadas à assistência da população.”

Sofia Manzano é economista e professora do Departamento de Ciências Sociais Aplicada da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), autora do livro Economia Política para Trabalhadores (São Paulo: ICP, 2013) e Membro do Comitê Central do PCB.

Leia mais

O Trotsky de Padura, Danton e a Revolução por Miguel Urbano Rodrigues

O Trotsky de Padura, Danton e a Revolução

por Miguel Urbano Rodrigues

O mais recente livro do escritor cubano Leonardo Padura tem sido largamente promovido, com numerosas edições em castelhano, português e outras línguas. O jornal Público consagrou três páginas ao livro e ao autor. O livro tem valor literário. Mas o que obviamente justifica este entusiasmo é que o autor abomina – é a palavra – o socialismo e o comunismo. Embora não o afirme explicitamente nos seus livros, põe os seus personagens a falar por si.

Leia mais

Causas econômicas do antipetismo da classe média

Causas econômicas do antipetismo da classe média

Golbery Lessa (membro do Comitê Central do PCB)

Jovens de Brasília assinam, durante manifestação em 15 de março, petição proposta pela TFP (Tradição, Família e Propriedade).

Se a esquerda deseja ter clareza sobre como agir diante da ampliação das manifestações organizadas por setores reacionários da classe média, precisa procurar uma explicação científica para o fato e não embarcar na versão apresentada pelo governo federal. É mais fértil procurar entender as bases econômicas, culturais e políticas do reacionarismo do que concebê-lo como um improvável desvio moral simultâneo de milhões de indivíduos. Seria desastroso fundamentar apenas na intuição o discurso e as ações contrários às dimensões ultradireitistas das manifestações corridas no último 15 de março. Para a esquerda, é mais importante tentar compreender os fatos do que promover uma competição para saber qual dos seus analistas ridiculariza melhor o bizarro discurso das passeatas verde-amarelas e cria o mais engenhoso anátema para estigmatizar os setores médios.

Leia mais

Hegemonia Política no Brasil sob o Governo Rousseff, por Aldo Duran Gil e Gustavo Cintra.

Em artigo que analisa a construção da hegemonia durante os governos do PT, Aldo Duran Gil, Prof. de Sociologia e Ciência Política na Universidade Federal de Uberlândia-MG, militante comunista e  Gustavo dos Santos Cintra Lima  Secretário Político da Célula do PCB em Uberlândia-MG, afirmam que tais governos teriam concretizado, através da política de Estado, a hegemonia política de um grupo capitalista plurifracional: o grande capital bancário interno, sem deixar de considerar completamente outros interesses de fração como os da burguesia industrial exportadora e do agronegócio. Segundo Gustavo, os processos eleitorais, desde 2002, acabaram se tornando palco de intensas disputas envolvendo os interesses dessas frações da burguesia, as quais, de forma alguma, apontam para a ruptura com a ordem capitalista vigente, muito pelo contrário.

Leia mais

TERRA, PODER E LUTAS SOCIAIS NO CAMPO BRASILEIRO: DO GOLPE À APOTEOSE DO AGRONEGÓCIO (1964-2014)

João Márcio Mendes Pereira

Paulo Alentejano

Resumo: O artigo analisa as lutas sociais e políticas que têm configurado as relações de poder no campo brasileiro e discute os principais contornos e termos da questão agrária no país ao longo das últimas cinco décadas. A ênfase recai sobre os processos organizativos, a dinâmica da correlação de forças na sociedade civil e as ações do Estado brasileiro para conservar ou transformar a estrutura agrária e a agricultura.

Palavras-chave: Questão agrária; Estado; Agronegócio; Movimentos Sociais; Reforma agrária.

Não há ameaça mais séria à democracia do que desconhecer os direitos do

povo; não há ameaça mais séria à democracia do que tentar estrangular a voz

do povo e de seus legítimos líderes, fazendo calar as suas mais sentidas

reivindicações. Estaríamos, sim, ameaçando o regime se nos mostrássemos

surdos aos reclamos da Nação, que de norte a sul, de leste a oeste, levanta o

seu grande clamor pelas reformas de estrutura, sobretudo pela reforma

agrária, que será como complemento da abolição do cativeiro para dezenas de

milhões de brasileiros que vegetam no interior, em revoltantes condições de

miséria.

Leia mais

O papel do Coletivo Minervino de Oliveira por Muniz Ferreira

Muniz Ferreira, professor de História na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e membro do Comitê Central do PCB, publica artigo esclarecendo o papel do Coletivo Minervino de Oliveira, organização que tem como elemento definidor de sua identidade política a convicção de que a vitória definitiva sobre o racismo e a discriminação racial e a conquista de uma sociedade caracterizada por uma igualdade substancial nas chamadas relações raciais são impossíveis sob as condições do capitalismo e da ordem burguesa.

Leia mais

O mal-estar do neodesenvolvimentismo

Giovanni Alves

O neodesenvolvimentismo é considerado por nós como sendo um novo modo de desenvolvimento capitalista no Brasil apoiado numa frente política composta, por um lado, pela grande burguesia interna constituída pelos grandes grupos industriais tais como as empreiteiras OAS, Odebrecht, Camargo Correia, etc, e os grupos industriais da Friboi, Brazil Foods, Vale, Gerdau, Votorantim, etc e o agronegócio exportador – todos beneficiados pelo aumento das exportações focado numa agressiva politica de financiamento através do BNDES, voltados para promover as empresas e os investimentos brasileiros no exterior; por outro lado, pelas camadas organizadas do proletariado brasileiro (velha classe operária) e setores populares – incluindo o subproletariado pobre, beneficiados pelo crescimento da economia, redução do desemprego aberto e formalização do mercado de trabalho, oferta de crédito para dinamizar o mercado interno; aumento do gasto público e políticas de transferência de renda via programas sociais (Bolsa-família, Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos, etc).

Leia mais