A fundação do Partido Comunista do Brasil

Hermínio Linhares – Jornal Novos Rumos 13 a 19 de março de 1959, página 08. (vol. 003)

Transcrito por Guilherme Martins – Membro do Comitê Central do PCB e militante em GO

Em diversos países, o Partido Comunista se originou de cisões nos antigos partidos socialistas da II Internacional. No Brasil, nenhum dos partidos socialistas que existiram em 1892, 1895. 1902, 1911 e 1919 tiveram forças ponderáveis, nem contaram com líderes de grande influência, capazes de se impor às massas; não eram partidos ligados ao movimento operário e jamais foram dirigentes de movimentos de amplitude.

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O PCB e a Guerra Civil Espanhola

altO PCB e a Guerra Civil Espanhola

por Paulo Schueler

Considerada uma batalha ideológica entre adeptos do fascismo e do socialismo de todo o mundo, a Guerra Civil Espanhola teve início em 1936 com a revolta de líderes do Exército contra as crescentes tendências socialistas e anticlericais do governo da Frente Popular Republicana do presidente Manuel Azaña. Os insurgentes – monarquistas, católicos e membros da Falange Fascista – foram apoiados pela Alemanha e a Itália, que reconheceram o governo instalado por Francisco Franco em 1º de outubro de 1936, quando a guerra civil estava ainda em andamento. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) comprovou seu internacionalismo à época, enviando alguns de seus melhores quadros para a Espanha. Infelizmente, Franco venceria a disputa e derrotaria o processo de avanços vivido pelo país.

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XIV, já virou história

Às vésperas de PCB realizar seu XV Congresso, a Fundação Dinarco Reis relembra Outubro de 2009. Naquele mês, quatro anos após ter rompido com o governo Lula, o PCB buscava a clareza de uma linha estratégica revolucionária, que colocasse o Partido claramente como uma força anticapitalista e anti-imperialista a serviço de todos os militantes que desejassem construir esse operador político da revolução socialista no Brasil. Aliás, reconstruir… Foi sob o lema da Reconstrução Revolucionária que o Partido realizou seu XIV Congresso naqueles dias. Um Congresso que já virou história. Desjando um XV Congresso também vitorioso, os editores desse site convidam todos a relembrar o acerto da linha política aprovada pelo PCB naquele evento, que pode ser traduzido na declaração política Outros outubros virão.

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A relação entre o ‘Manifesto de Agosto’ e a ‘Declaração de Março’ na visão de Anita Prestes

Em “Duas táticas e uma mesma estratégia – Do ‘Manifesto de Agosto de 1950’ à ‘Declaração de Março de 1958’ ”, Anita Leocadia Prestes avalia a relação entre dois documentos marcantes da história do PCB, o “Manifesto de Agosto de 1950” e a “Declaração de Março de 1958”, frequentemente caracterizados como antagônicos, mostrando que a verdade passa ao largo desse senso comum.

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‘Carta aos comunistas’, de Luiz Carlos Prestes

O PCB entrava na década de 1980 com significativo prestígio junto aos setores democráticos e populares, em decorrência da heroica resistência de seus militantes durante o período mais violento da ditadura implantada em 1964 e por ter se dedicado à tática de construção de uma ampla frente antiditatorial, a qual havia conquistado, naquele exato momento, o retorno ao país de líderes da oposição ao regime, como Luiz Carlos Prestes, Gregório Bezerra, Leonel Brizola, Miguel Arraes, dentre outros, além da libertação de presos políticos no Brasil.

Mas a Lei de Anistia, na contramão de toda a campanha promovida pelos movimentos populares e democráticos, que desejavam uma “anistia ampla, geral e irrestrita” para os que haviam sido perseguidos pela ditadura, criou a figura da “anistia recíproca”, uma excrescência jurídica e política, pois os torturadores e carrascos do regime, sem terem sido julgados nem condenados a nada, estavam livres de qualquer possibilidade de punição a seus atos. A luta tinha de prosseguir.

Crise interna e saída de Prestes

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Manifesto ao Povo, folheto de Prestes em 1945

Nas últimas semanas de 1945, pouco após a saída de Luiz Carlos Prestes da prisão, o PCB editou e distribuiu milhares de exemplares de A Palavra de Luiz Carlos Prestes: Manifesto ao Povo. Simples, para ampla difusão, o material trazia a constituição da União Soviética e trechos de uma entrevista coletiva do ‘Cavaleiro da Esperança’ sobre a pauta política daquele momento histórico. Um belíssimo exemplo de agitação e propaganda.

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Aristélio entrevista Costinha, militante do PCB desde 1922

A Base Francisco de Assis Bravo (PCB de Nova Friburgo) reproduz importante documento histórico, a entrevista concedida por José Pereira da Costa Filho (Costinha), um dos fundadores do PCB em Friburgo, então com 97 anos, ao jornalista e também comunista Aristélio Andrade. Costinha faleceu um ano depois desta entrevista, e Aristélio nos deixaria em março de 2010, perto de completar 76 anos.

A entrevista foi publicada em 17 de dezembro de 1998, no Jornal A Voz da Serra, Nova Friburgo/RJ, com o título: “Com a palavra, o camarada Costinha, com certeza o mais antigo comunista vivo do país”.

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FDR lançará biografia sobre Dinarco Reis – e traz ‘aperitivo’ para o leitor

A Fundação Dinarco Reis está produzindo a biografia de Dinarco Reis, com o título “O Tenente Vermelho”. A obra, que sairá no segundo semestre, aborda aspectos da vida pessoal e política do destacado militante comunista.

Para aguçar sua leitura, oferecemos trecho da obra em que Dinarco Reis aborda a importância da organização de base para o Partido Comunista. Observação: o uso da velha ortografia no texto é proposital, já que retirada dos originais deixados por Dinarco.

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