Hermínio Linhares – Jornal Novos Rumos 13 a 19 de março de 1959, página 08. (vol. 003)
Transcrito por Guilherme Martins – Membro do Comitê Central do PCB e militante em GO
Em diversos países, o Partido Comunista se originou de cisões nos antigos partidos socialistas da II Internacional. No Brasil, nenhum dos partidos socialistas que existiram em 1892, 1895. 1902, 1911 e 1919 tiveram forças ponderáveis, nem contaram com líderes de grande influência, capazes de se impor às massas; não eram partidos ligados ao movimento operário e jamais foram dirigentes de movimentos de amplitude.
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O PCB e a Guerra Civil Espanhola
Às vésperas de PCB realizar seu XV Congresso, a Fundação Dinarco Reis relembra Outubro de 2009. Naquele mês, quatro anos após ter rompido com o governo Lula, o PCB buscava a clareza de uma linha estratégica revolucionária, que colocasse o Partido claramente como uma força anticapitalista e anti-imperialista a serviço de todos os militantes que desejassem construir esse operador político da revolução socialista no Brasil. Aliás, reconstruir… Foi sob o lema da Reconstrução Revolucionária que o Partido realizou seu XIV Congresso naqueles dias. Um Congresso que já virou história. Desjando um XV Congresso também vitorioso, os editores desse site convidam todos a relembrar o acerto da linha política aprovada pelo PCB naquele evento, que pode ser traduzido na declaração política Outros outubros virão.
O PCB, nascido em 25 de março de 192, completa 92 anos e, para celebrar a data, publicamos matéria divulgada no jornal Novos Rumos de 1960 com ilustrações da fachada da primeira sede do Partido – e também de seu local de fundação. Na publicação, retrata-se ainda os passos que antecederam a criação do PCB, inclusive o Partido Comunista surgido em 1919.
Em “Duas táticas e uma mesma estratégia – Do ‘Manifesto de Agosto de 1950’ à ‘Declaração de Março de 1958’ ”, Anita Leocadia Prestes avalia a relação entre dois documentos marcantes da história do PCB, o “Manifesto de Agosto de 1950” e a “Declaração de Março de 1958”, frequentemente caracterizados como antagônicos, mostrando que a verdade passa ao largo desse senso comum.
O PCB entrava na década de 1980 com significativo prestígio junto aos setores democráticos e populares, em decorrência da heroica resistência de seus militantes durante o período mais violento da ditadura implantada em 1964 e por ter se dedicado à tática de construção de uma ampla frente antiditatorial, a qual havia conquistado, naquele exato momento, o retorno ao país de líderes da oposição ao regime, como Luiz Carlos Prestes, Gregório Bezerra, Leonel Brizola, Miguel Arraes, dentre outros, além da libertação de presos políticos no Brasil.
Nas últimas semanas de 1945, pouco após a saída de Luiz Carlos Prestes da prisão, o PCB editou e distribuiu milhares de exemplares de A Palavra de Luiz Carlos Prestes: Manifesto ao Povo. Simples, para ampla difusão, o material trazia a constituição da União Soviética e trechos de uma entrevista coletiva do ‘Cavaleiro da Esperança’ sobre a pauta política daquele momento histórico. Um belíssimo exemplo de agitação e propaganda.
A Base Francisco de Assis Bravo (PCB de Nova Friburgo) reproduz importante documento histórico, a entrevista concedida por José Pereira da Costa Filho (Costinha), um dos fundadores do PCB em Friburgo, então com 97 anos, ao jornalista e também comunista Aristélio Andrade. Costinha faleceu um ano depois desta entrevista, e Aristélio nos deixaria em março de 2010, perto de completar 76 anos.
A Fundação Dinarco Reis está produzindo a biografia de Dinarco Reis, com o título “O Tenente Vermelho”. A obra, que sairá no segundo semestre, aborda aspectos da vida pessoal e política do destacado militante comunista.
Confira, na edição de 25 de agosto de 1928, manchete de A Classe Operária com matéria na primeira página sobre o lançamento das candidaturas de Octávio Brandão e Minervino de Oliveira para o parlamento do Rio de Janeiro, nas eleições regionais daquele ano.