por Edmilson Costa
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi fundado em março de 1922, uma data simbólica para o povo brasileiro porque em 1922 se comemorava o centenário da independência do Brasil, emergia a Semana da Arte Moderna e ocorria o primeiro levante tenentista, episódios marcantes na história do País. Mas acima de tudo a formação do PCB naquele ano foi resultado das lutas populares que surgiram a partir da revolução soviética de 1917, ano em que foi realizada a primeira greve geral no País, e que prosseguiram ao longo da década de 20. Essas lutas eram lideradas pelos anarquistas e também tinham influência do sindicalismo reformista, duas tendências históricas que dirigiam o movimento operário no Brasil. Vale lembrar ainda que nesse período o Brasil tinha uma economia agrário-exportadora, baseada principalmente nas exportações de café, com uma industrialização incipiente, baseada em pequenas fábricas e oficinas e, consequentemente, um proletariado ainda em formação.
No entanto, essas duas correntes do movimento operário já não atendiam as demandas estratégicas do proletariado. O reformismo se limitava apenas às reivindicações economicistas e, portanto, não tinha nenhum projeto estratégico além de conseguir uma face mais humana e civilizada para o sistema capitalista, enquanto o anarquismo, apesar de suas palavras de ordem aparentemente radicais, não buscava organizar o proletariado num partido político para a conquista do poder. Foi nessa conjuntura que lideranças anarquistas e grupos comunistas de vários Estados, decidiram formar o Partido Comunista Brasileiro (PCB).1 A maior parte desses fundadores eram militantes oriundos do movimento anarquista com experiência nas lutas populares do País e que, influenciados pela tomada do poder pelos operários e camponeses na Rússia, decidiram aderir ao comunismo, muito embora ainda não possuíssem uma formação marxista desenvolvida.
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