PEQUENO HISTÓRICO: O MOVIMENTO FEMINISTA*

TESE SOBRE AS MULHERES PARA O CONGRESSO DO PCB

*Contribuição ao XIV Congresso do Partido Comunista Brasileiro

MERCEDES LIMA

Mercedes Lima

PEQUENO HISTÓRICO: O MOVIMENTO FEMINISTA

MOVIMENTO FEMINISTA – ÚLTIMAS DÉCADAS

Podemos dividir o Movimento Feminista e o de Mulheres no Brasil e no mundo, em três grandes e bem definidos momentos após o sufragista do século XIX e primeiras décadas do XX, sempre lembrando que o movimento feminista brasileiro não acontece isolado, alheio ao contexto mundial. No nosso país as organizações de mulheres, sob influência e orientação do Partido Comunista Brasileiro, tiveram uma razoável capacidade de articulação e mobilização no campo popular ( luta pela moradia, saúde, transporte e creches), das artes e da cultura até a ditadura militar.

Ressurge o movimento, na década de sessenta, após um curto período de desmobilização, no contexto dos movimentos contestatórios de então, mostrando o caráter político da opressão, colocando a mulher no espaço público, defendendo sua libertação sexual, portanto, do próprio corpo, quando pela primeira vez o sexo não aparece ligado à maternidade. Com o uso do anticoncepcional pode-se ter a atividade sexual sem culpa e sem preocupação com a geração de filhos.

Ainda que de forma extremamente precária a mulher volta ao mercado de trabalho, de forma definitiva, já que tentativas anteriores fracassaram, como logo após a Revolução Industrial e mesmo após a primeira guerra mundial, em que pese ter sido grande, por exemplo, o contingente feminino brasileiro na produção social, nas duas primeiras décadas do século XX, especialmente na indústria têxtil. Para essa inserção, foram necessárias condições objetivas, tais, quais, a necessidade do capital de mais força de trabalho, a luta pelas creches, postos de saúde, e há quem diga que também por conta da existência dos chamados produtos de linha branca (geladeiras, máquinas de lavar, etc), que, ao menos para a camada média da população que então surgia, facilitava a vida doméstica, a vida atinente à reprodução.

O Movimento aponta a sociedade patriarcal, com seu caráter hierárquico, assentado na família, como reprodutora da ideologia dominante na sociedade. Entretanto, queimados os sutiãs nas fogueiras, as mulheres da camada média, predominantes nas lutas pelos direitos civis, especialmente as norte-americanas, voltam-se para suas vidas não atendendo às necessidades e aspirações da classe operária de libertação da exploração e opressão.

Leia o artigo completo no link: https://drive.google.com/drive/folders/1RCpBXBqrdG_FUFdu8WYE-IQxUMpBvrTE?usp=sharing