por Miguel Urbano.
Este artigo foi escrito para ser incluído num livro póstumo que estou a preparar. Alterei essa decisão porque a minha companheira me persuadiu de que a sua publicação imediata, nestes dias em que a Humanidade (incluindo Portugal) está atolada na crise estrutural do monstruoso sistema do capital condenado a desaparecer pode ser útil.
Li em 1961, na Guiné Conakri, a tradução francesa da História do Partido Comunista (bolchevique) da URSS, revista e aprovada em 1938 pelo Comité Central do PCUS. Em Portugal, por iniciativa do camarada Carlos Costa, a referida História foi publicada em 2010 [1] com o subtítulo Breve Curso e um prefácio, muito elogioso, de Leandro Martins, então chefe da redação do Avante!. A iniciativa gerou polemica no PCP.
OLHARES INCOMPATÍVEIS SOBRE A HISTÓRIA
“A luta pelo direito à cidade: uma bandeira exógena ao marxismo?”, artigo de Raphael Martins de Martins (Mestre em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), apresentado no VIII Colóquio Internacional Marx e Engels, no Grupo de Trabalho 05 – Relações de classe e lutas sociais no capitalismo contemporâneo.
A FDR publica artigo de Gleserman Koursanov, autor de várias obras sobre o materialismo dialético. A tradução do do francês para o português foi feita pelo camarada Frank Svensson, do Comitê Central do PCB. A teoria moderna e científica da verdade é a teoria do materialismo dialético. Lenin a desenvolveu aprofundando suas principais ideias e proposições em vários de seus textos, mesmo não tendo deixado nenhuma obra consagrada especialmente ao problema da verdade.
Quase um século depois do acontecimento mais importante da História até hoje: a primeira revolução proletária do mundo.
Marx, Gramsci e o poder: dois marxismos?
[CURSO] – Antonio Gramsci – Prof. Dr. Fabio Frosini, da Universidade de Urbino, Itália.
Certa vez Walter Benjamim afirmou se perdêssemos a batalha, nem os mortos estariam seguros.
MARX CONTRA A OPRESSÃO DAS MULHERES
Professor doutor da UNIRIO e pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins, o militante do PCB Pedro Eduardo Marinho, neste artigo, buscando subsídios teóricos à pesquisa sobre os intelectuais técnico-científicos brasileiros e suas relações de classe na segunda metade do século XIX, parte da concepção de “Estado ampliado” ou “Estado integral” de Gramsci, na qual o domínio da classe ou fração de classe dominante se apóia sobre o consenso dos dominados e sobre a coerção, lembrando a figura do centauro – meio homem, meio animal – retirada do “Príncipe”, de Maquiavel – , instituição composta de força e consenso, de dominação e hegemonia, de violência e civilização. O objetivo é analisar um dos aspectos do processo de complexificação do Estado brasileiro no fim do século XIX, com o estudo de caso do Clube de Engenharia, fundado em 1880 no Rio de Janeiro, e da prática política do seu grupo dirigente que, ao organizar demandas e inscrever quadros na sociedade política, consolidava a agremiação, à época, como importante organismo privado de hegemonia.