Círculo de Fogo: o anti-comunismo pós-Guerra Fria

“O mundo sem guerras e sem armas é uma idéia utópica, mas deve-se fazer de tudo para atingir esse ideal. Será possível engendrar a paz sem armas? Duvido muito”.

(Mikhail Kalachnikov, inventor do fuzil AK-47)

“As cidades podem vencer, Stalingrado!

Penso na vitória das cidades, que por enquanto é apenas uma

fumaça subindo do Volga.

Penso no colar de cidades, que se amarão e se defenderão

contra tudo.

Em teu chão calcinado onde apodrecem cadáveres,

a grande Cidade de amanhã erguerá a sua Ordem”.

(Carlos Drummond de Andrade, Carta a Stalingrado)

Por Sérgio Prieb

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Marx, Engels e o sistema de poder mundial no século XIX

Neste artigo, Muniz Ferreira se ocupa da produção de Karl Marx e Friedrich Engels referente às relações diplomáticas entre os Estados nacionais europeus durante as décadas de 50 e 60 do século XIX.

No curso destes anos, os iniciadores da tradição marxista tiveram a oportunidade de exercitar suas aptidões como analistas dos assuntos internacionais em publicações européias e norte-americanas, em particular nas páginas do diário estadunidense New York Daily Tribune, do qual foram correspondentes na Europa entre 1851 e 1862. O New York Daily Tribune foi fundado em 1841 e publicado até 1924.

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O Estado e a Revolução: Lênin, a construção socialista e o papel do Estado

Heitor Cesar Oliveira

O grande organizador teórico, político e ideológico do Movimento Comunista Internacional (MCI), que veio a se tornar hegemônico no século XX, foi Vladimir Lênin, dirigente da seção bolchevique da social democracia russa6. Lênin rompeu com o marxismo oficial de sua época e, em seu lugar, ergueu um novo corpo de ação revolucionária. Para tal, buscou a legitimidade nas próprias obras de Marx e Engels, que, segundo Lênin, foram deturpadas ou manipuladas numa “pescaria de citações” descontextualizadas, a fim de justificar o desvio oportunista e reformista do marxismo.

Uma das questões centrais que nutriram essa polêmica foi o papel do Estado no processo revolucionário como espaço e ator das mudanças. Lênin buscou, nas teses de Marx e Engels, elementos que justificam uma retomada da ação subjetiva no interior do movimento operário para a tomada do Estado, assim como a sua transformação de aparelho de domínio das burguesias num instrumento de dominação da classe operária.

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Que Fazer?: um marco na teoria revolucionária

Afonso Costa

O mundo nunca mais foi o mesmo. A publicação de “Que Fazer?” em março de 1902 “marca uma nova etapa que deixa tudo pra trás. De sua edição em diante, a Rússia não seria o cenário da transmutação pura e simples do marxismo em movimento revolucionário triunfante. Nascia o marxismo-leninismo como teoria revolucionária e como prática revolucionária organizada”, definiu Florestan Fernandes na sua apresentação desta grande obra de Lênin em uma coleção organizada pelo próprio historiador durante a ditadura militar no Brasil, intitulada “Pensamento Socialista”.

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