Neste estudo, Remy Herrera procura identificar alguns dos efeitos produzidos no “Novo Mundo” pelas convulsões maiores que, entre os anos de 1795 e 1815, transformaram o velho Continente — de que Inglaterra tomaria a liderança, e com ela a hegemonia sobre o sistema mundial capitalista, à saída do período; e também algumas influências externas marcantes que interagiram sobre as reviravoltas de alianças estratégicas operadas à escala mundial nesse momento. São elementos que ajudam a observar os antecedentes históricos dos atuais processos em curso na América Latina.
Artigos
O pensamento político de Álvaro Cunhal
Reproduzimos artigo de Manuel Gusmão, professor da Faculdade de Letras de Lisboa e membro do Comitê Central do Partido Comunista Português, publicado no JL nº 1120, 4 a 17 de setembro últimos, acerca de Álvaro Cunhal, “seguramente o grande estratega teórico da revolução democrática e nacional”.
Para o autor, “o conjunto de textos fundamentais dos anos 60 (Rumo à vitória; Relatório da actividade do CC ao VI Congresso, bem como o próprio Programa de 1965) são documentos sem os quais muito dificilmente se compreenderia o fluxo e o refluxo da Revolução portuguesa. Álvaro Cunhal aprende com a sua vida a capacidade criadora das massas populares em movimento. Ela constitui o traço mais forte da revolução portuguesa. Nela reside, no fundamental, o combate do presente e a convicta esperança em que os trabalhadores e o povo voltarão a tomar o futuro nas suas mãos”.
Capitalismo contemporâneo, imperialismo e agressividade
“Quem imaginava que o imperialismo iria reduzir sua máquina militar com a queda da União Soviética se enganou. O imperialismo está muito mais agressivo atualmente que no passado e possui hoje a mais poderosa e sofisticada máquina militar que o planeta já teve conhecimento.” Edmilson Costa, integrante do Comitê Central do PCB, explica como – e porque – em seu artigo Capitalismo contemporâneo, imperialismo e agressividade.
O capitalismo como religião
A Boitempo Editorial acaba de lançar O capitalismo como religião, livro inédito de ensaios do filósofo alemão Walter Benjamin (1892-1940). A obra tem organização e comentário de Michael Löwy, que reproduzimos a seguir.
Transnacionais e AL
O pesquisador do Instituto de Investigações Econômicas da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam) Raúl Ornelas descreve, em Saberes da Dominação – Panorama das empresas transnacionais na América Latina – Agenda de Investigação, a ação predatória e de dominação econômica das empresas transnacionais no continente latino-americano.
Alipio Freire analisa propostas de reforma de Jango e o golpe
Em As classes fundamentais das reformas propostas pelo Governo João Goulart, publicado originalmente no Brasil de Fato, Alipio Freire analisa o período histórico do governo Jango com caracterizações, no mínimo, polêmicas. Uma delas associa o PCB à política populista durante aquele governo.
Il ne va plus (Assim não dá)
Professor de arquitetura, em Paris e Zurique, Claude Méril Schnaidt – falecido em 2007 – descreve nesse artigo, traduzido pelo integrante do Comitê Central do PCB Frank Svensson, toda a trajetória de debates e posicionamentos oriundos do marxismo acerca das cidades e da organização da vida social nesses espaços.
Sobre a teoria leninista do reflexo e do aprofundamento – Final
” O materialismo dialético não pretende mostrar a impossibilidade de um idealismo coerente, e ainda menos, distinguir entre as teorias científicas dadas, aquilo que é materialismo e aquilo que não o é. Enfim, não pretende mesmo existir uma espécie de experiência crucial em filosofia que poderia nos dirigir de maneira determinante para o materialismo e contra o idealismo. Isso seria característico de um materialismo metafísico ou mesmo uma caricatura do parti pris em filosofia, útil a quem queira taxar de dogmatismo o materialismo dialético. É somente uma caricatura e uma caricatura mal feita. O materialismo dialético não tem essas profundas aspirações que os marxistas a la Bogdanov de ontem e de hoje lhe atribuem. Aquele que hoje estima que as noções leninistas do reflexo e do aprofundamento podem fornecer úteis indicações para a compreensão do sentido e do progresso das teorias científicas (no sentido mais amplo do termo, socialismo científico inclusive) não deve se sentir muito descontente: o julgamento contido na frase de Lenin quanto a Ward, citada acima, é suficiente.”
Entenda porque na quarta e última parte do artigo Sobre a teoria leninista do reflexo e do aprofundamento, escrito pelo filósofo marxista Giulio Giorello.
O governo petista como operador político da burguesia no Brasil
Confira nesse artigo de Milton Pinheiro, integrante da Comissão Política Nacional do PCB, como o PT e sua base de sustentação se transformaram em resolutos agentes da expansão capitalista no – e do… – Brasil.
Sobre a teoria leninista do reflexo e do aprofundamento – parte III
“Materialismo e empiriocriticismo não trata tão só de questionar o ponto de vista de Mach ou da física fenomenológica, mas também do materialismo mecanicista, assim como das formas de realismo que se reclamam concepções mecanicistas. O combate às críticas feitas ao materialismo pelas tendências de tipo fenomenológico é visto por Lênin como da maior urgência”. Saiba porque na terceira parte do artigo Sobre a teoria leninista do reflexo e do aprofundamento, escrito pelo filósofo marxista Giulio Giorello.