Livro reeditado de Cláudio Estevam de Azevedo Reis traz versão em romance de uma jovem que se corresponde com o então deputado Carlos Marighella. Autor usou discursos do parlamentar comunista na Tribuna da Câmara Federal como “respostas” de Marighella às cartas da jovem baiana.
Em meados da década de 1940, a jovem Clotilde se vê em meio a uma vida de lutas e privações em Santo Amaro, pequena cidade no interior da Bahia. O acaso a leva a ter contato com o jornal O Momento, publicado pelo PCB no curto período de legalidade do pós-guerra, e assim ela tem sua curiosidade despertada pelas ideias do então Deputado Federal comunista Carlos Marighella.
Clotilde passa a se corresponder com Marighella através de cartas, algumas inéditas até a edição do livro de Cláudio Estevam. São elas que conduziram a narrativa feita pelo autor e descrevem as lutas e esperanças do líder comunista.
Escrito para o público adolescente, Cartas a Marighella demonstra a coerência, integridade e luta política do então parlamentar – que tanto marcaria a vida daquela jovem baiana.