O Estado e a Revolução

O Estado e a Revolução. A Doutrina do Marxismo sobre o Estado e as Tarefas do Proletariado na Revolução foi escrito por Lênin na clandestinidade entre agosto e setembro de 1917, às portas da Revolução de Outubro.

Em seus últimos anos de emigração, ele estudou com especial atenção o problema do caráter do poder de Estado proletário. Já em 1916, expressara a necessidade de refutar as deturpações da doutrina de Marx sobre o Estado feitas por Kaustski e outros oportunistas da social-democracia.

“Agora – escreveu Lênin a A. G. Chliápnikov – coloca-se na ordem do dia não só prosseguir a linha referendada por nós (contra o tsarismo, etc.) nas nossas resoluções e no folheto… mas também depurá-las dos absurdos e confusões da negação da democracia (incluindo o desarmamento, a negação da autodeterminação, a negação “em geral”, errada teoricamente, da defesa da pátria, as vacilações quanto ao papel e ao significado do Estado geral, etc.)”.

Também em 1916, Bukharin defendeu opiniões antimarxistas e semianarquistas acerca do Estado e da ditadura do proletariado. Em “A Internacional da Juventude”, publicado em dezembro do mesmo ano, Lênin criticou Bukharin e prometeu escrever artigo pormenorizado sobre a atitude do marxismo em relação ao tema.

Daí surgiu “O Estado e a Revolução”, livro que no plano original de Lênin teria sete capítulos. O sétimo, intitulado “A Experiência das revoluções russas de 1905 a 1917”, porém, não chegou a ser escrito.

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