O diário Tribuna Popular foi fundado no Rio de Janeiro com sua edição inaugural circulando em 22 de maio de 1945, seis meses antes do fim do Estado Novo. Só deixou de ir `Pas bancas em 28 de dezembro de 1947, quando o PCB foi posto novamente na ilegalidade por parte do governo do general Eurico Dutra.
O jornal fazia parte de uma rede de periódicos criada pelo PCB desde a sua volta à legalidade. Faziam parte os jornais Hoje, em São Paulo, Folha Capixaba, em Vitória, Folha do Povo, em Recife, Tribuna Gaúcha, em Porto Alegre, O Democrata, em Fortaleza, Voz do Povo, em Maceió, e Jornal do Povo em Belo Horizonte.
Inicialmente dirigido por Pedro Motta Lima, com Aydano do Couto Ferraz como chefe de redação, teve entre seus redatores,colunistas ou colaboradores figuras como Graciliano Ramos, Jorge Amado, Apparício Torelly, o “Barão de Itararé”, João Saldanha, Sérgio Porto, Cândido Portinari e Carlos Scliar.
A capa da primeira edição, que você confere na íntegra no link abaixo, publicou mensagem de Luiz Carlos Prestes aos leitores, em que dizia: “O povo terá enfim o seu jornal, a tribuna popular que reclamava e de onde poderá expor suas reivindicações e debater os grandes problemas nacionais que só ele pode de fato resolver”.
Cabe ressaltar que o jornal valorizava a cultura popular espontânea, sobre a qual mantinhas as colunas “O samba na cidade” e “O povo se diverte”. O jornal tinha ainda noticiário esportivo, que tratava de futebol, corrida de cavalos e outros esportes.