Neste artigo, Muniz Ferreira, membro do Comitê Central do PCB, debate a produção artística, científica e cultural da intelectualidade comunista brasileira na segunda metade do século 20 (1956-1964), que contribuíram para estruturar um sistema “midiático” alternativo na sociedade brasileira, sob a direção do PCB.
O Partido Comunista Brasileiro, fundado em março de 1922, possui uma característica que o distingue de quase todos os seus congêneres ao redor do mundo: recordista absoluto de anos de clandestinidade entre os partidos políticos brasileiros, objeto de perseguição implacável por parte das forças de repressão do Estado no curso de quase seis décadas, esta agremiação partidária foi capaz de sobreviver, intervir e influenciar, em maior ou menor medida, a vida política, social e cultural do Brasil. Mais do que isto, produziu interpretações e programas para a sociedade brasileira, os quais, não obstantes os equívocos e imperfeições, possuem traços de um esforço cognitivo complexo e original.
Leia o artigo “O PCB e a organização do campo intelectual brasileiro“.