PCB: Dos anos de formação à Declaração de Março

Ricardo Costa (Rico) – Comitê Central do PCB

Na conjuntura dos anos 1950, a proposta de “união nacional” com a burguesia foi retomada para se consolidar, daí por diante, no PCB, como parte fundamental do projeto de revolução democrático-burguesa, associado ao processo de pleno desenvolvimento das forças produtivas no país e a consequente superação dos resquícios “semifeudais” e “semicoloniais”, processo este entendido como condição necessária à passagem para o socialismo. A Declaração de Março de 1958, conforme será visto a seguir, reforçaria a ideia central segundo a qual as contradições básicas existentes na sociedade brasileira, naquele momento específico da história, dar-se-iam entre o conjunto da nação, de um lado, e o imperialismo estadunidenses, de outro; entre as forças produtivas em desenvolvimento, de um lado, e as relações de produção semifeudais e semicoloniais predominantes no campo, de outro. Daí que a contradição entre capital e trabalho, sempre apontada pelos clássicos do marxismo como a contradição fundamental no capitalismo, não fosse vista como a mais premente naquela “etapa”, muito menos a sua solução radical.

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