Ricardo Costa*
Nota do autor
Esse texto é parte da tese de doutoramento defendida por mim junto ao Programa de Pós-Graduação em História no Instituto de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal Fluminense, no ano de 2005.**
As análises desenvolvidas pelos comunistas nas páginas da imprensa partidária, em especial nas revistas Estudos Sociais e Brasiliense, coordenadas por dirigentes e intelectuais ligados ao PCB e dedicadas a um intenso debate teórico e político-estratégico, revelavam substancialmente olhares inscritos na perspectiva nacional-democrática dominante, pois estava na ordem do dia para os comunistas brasileiros, como já salientado, a consolidação do processo de desenvolvimento do capitalismo nacional, em contradição aberta com o imperialismo. Para o núcleo dirigente do PCB, era necessário investir na formação de uma aliança política dos trabalhadores com a burguesia industrial brasileira, grupo social retratado como moderno e progressista, em contraposição aos setores atrasados e retrógrados identificados nos representantes do latifúndio e do imperialismo no Brasil.
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